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Alma Vira Mar

by Orquidália

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1.
Convocação 04:59
Letra: Diante dos olhos de uma multidão Risadas que julgam minha roupa, meus gestos, minha expressão Tá encarando o que? Nunca viu uma trans na vida? Esquisita não sou eu, mas sim sua visão distorcida Inventam mentiras anti-comunistas, enganam o pobre o trabalhador Iludem o povo, calam os artistas, tudo para o fim de poder se impor Impor o seu ódio, desonestidade, individualismo e o fim do amor Mas não nos rendemos a sua maldade, não baixamos a cabeça pra doutor Não, ninguém vai soltar a mão de ninguém, nossa irmandade é força que nos mantém Nossas vidas importam, nossas ideias cortam a hipocrisia de quem não nos quer bem Vão lembrar nos livros de história que se iludiram, que cantaram vitória Mas todo mundo perde se ninguém percebe que só a coletividade traz a glória Juntas somos uma, juntas somos uma alma só, uma flor só Orquidália que liberta e desata os nós Juntas somos uma, juntas somos uma alma só, uma só voz Orquidália que liberta e desata os nós Diante das atrocidades que estamos presenciando E todo jogo sujo e baixo que eles vêm praticando Só nossa união nos representará Contra os colarinhos brancos querendo nos censurar Inventam mentiras anti-comunistas, enganam o pobre o trabalhador Iludem o povo, calam os artistas, tudo para o fim de poder se impor Impor o seu ódio, desonestidade, individualismo e o fim do amor Mas não nos rendemos a sua maldade, não baixamos a cabeça pra doutor Não, ninguém vai soltar a mão de ninguém, nossa irmandade é força que nos mantém Nossas vidas importam, nossas ideias cortam a hipocrisia de quem não nos quer bem Vão lembrar nos livros de história que se iludiram, que cantaram vitória Mas todo mundo perde se ninguém percebe que só a coletividade traz a glória Juntas somos uma, juntas somos uma alma só, uma flor só Orquidália que liberta e desata os nós Juntas somos uma, juntas somos uma alma só, uma só voz Orquidália que liberta e desata os nós Juntas somos uma, juntas somos uma alma só, uma flor só Orquidália que liberta e desata os nós Juntas somos uma, juntas somos uma alma só, uma só voz Orquidália que liberta e desata os nós
2.
Maré 04:30
Letra: Por que é tão difícil confiar Na pessoa que te olha no espelho? É quase sempre tão mais fácil de falar Do que fazer os olhos não serem vermelhos É tão mais fácil de fingir e de pensar Que não precisamos de mais nenhum conselho E é tão difícil persistir e acreditar Carregando o peso de danos e segredos Mas não há o que temer A vida não é fácil e é assim que tem que ser Pra caminhar, se reerguer Se o corpo ficar frágil e a mente adormecer Cada dia é nova chance Vamos viver o nosso último romance Se eu me deitar no entardecer e respirar tudo em você E nessa brisa flutuar Se os pés não tocam o chão a alma vira mar Se eu lapidar diamantes-reis e te encontrar de tarde, às três Na praia as angústias se derretem Eu trago em mim milhões de sonhos e olhos que os refletem Se o tempo não está ao seu favor Pegue-o pelas mãos e dance com ele Se o caos está na sala e corredor Pegue pincel e tinta e pinte as paredes Se o dia é muito lento num elevador Use as escadas e degraus da sua mente Se você acha que só sente mil medos Os medos são só parte do que você sente Se eu me deitar no entardecer e respirar tudo em você E na sua brisa flutuar Se os pés não tocam o chão a alma vira mar Se eu lapidar diamantes-reis e te encontrar de tarde, às três Na praia as angústias se derretem Eu trago em mim milhões de sonhos e olhos que os refletem Se os pés não tocam o chão a alma vira mar Se os pés não tocam o chão a alma vira mar Se os pés não tocam o chão a alma vira mar
3.
Letra: Ó mátria amada Estão tentando suprimir nossos direitos Estão tentando reprimir o nosso jeito Querem servir o nosso sangue como vinho nos banquetes presidenciais Ó mátria amada Estão querendo apagar nossa memória Querem contar do jeito deles nossa história Mas nenhum playboy merdinha vai fazer a nossa voz parar de ecoar Eu não sou fraquejada, eu não te devo nada Ninguém me bota no bolso, minhas raízes são firmadas No chão que me gerou, no mundo em que eu cresci Respeito se conquista, fascista vai embora daqui Eu não sou fraquejada, eu não te devo nada Ninguém me bota no bolso, minhas raízes são firmadas No chão que me gerou, no mundo em que eu cresci Respeito se conquista, fascista vai embora daqui Vai ter luta, vai ser forte Verás que a minoria é maioria E que está ao nosso lado toda a sorte Vai ter luta, vai ser forte Verás que a minoria é maioria E que a nossa vida vencerá a morte Ó mátria amada Estão querendo assassinar as suas filhas Querem nos separar, mas nós não somos ilhas Somos a resistência armada de mil ideais Ó mátria amada Estão tentando destruir nossas vitórias Querem nos iludir impondo suas glórias Mas seu passado é sujo de sangue inocente derramado sem parar Eu não sou fraquejada, eu não te devo nada Ninguém me bota no bolso, minhas raízes são firmadas No chão que me gerou, no mundo em que eu cresci Respeito se conquista, fascista vai embora daqui Eu não sou fraquejada, eu não te devo nada Ninguém me bota no bolso, minhas raízes são firmadas No chão que me gerou, no mundo em que eu cresci Respeito se conquista, fascista vai embora daqui Vai ter luta, vai ser forte Verás que a minoria é maioria E que está ao nosso lado toda a sorte Vai ter luta, vai ser forte Verás que a minoria é maioria E que a nossa vida vencerá a morte Vai ter luta, vai ser forte Verás que a minoria é maioria E que está ao nosso lado toda a sorte Vai ter luta, vai ser forte Verás que a minoria é maioria E que a nossa vida vencerá a morte
4.
Terraço 04:32
Letra: Todo dia eu acordo sem saber se vou dormir Na rua, no busão, no terminal, alguém vai rir Vai me olhar torto, vai fazer cara feia Abstrai Maitê, se blinda, não se prende nessas teias É o que eu tento pensar, cabeça baixa sem olhar Evitando contato, o Brasil é hostil lugar Quantas manas que nem eu todo dia viram notícia? Nas mãos de vagabundo, de playboy e de polícia? A mina trans, vista com tanto ódio nesse país Assume sua essência mulher e faz o que puder pra conseguir ser feliz Em meio a essa gente que se acha no direito de nos chamar de inferior Somos todo dia resistência e com resiliência seremos bem mais fortes que a dor Enquanto escrevo essa canção rojões estouram lá fora, são pessoas comemorando o que acham que é vitória Nós avisamos, a história mostrará, me apego as pessoas que me querem bem, juntas vamos nos salvar O que aconteceu com o progresso da ciência que nos levou a acreditar de novo em mitos? O que aconteceu com a nossa sapiência? O que aconteceu? Eu sinto que eu preciso falar, eu sinto que eu preciso andar Eu sinto que eu preciso viver, eu sinto que eu preciso cantar No país da pós-verdade chamam tudo de esquerdista, toda notícia é comprada, é mamata de artista Só a bolha é que está certa, whatsapp informa bem, ignorância voluntária, aleluia irmãos, amém O que aconteceu com o progresso da ciência? Avanço tecnológico não necessariamente significa evolução da humanidade, desenvolvimento social Avanço tecnológico não necessariamente significa evolução da humanidade Eu sinto que eu preciso falar, eu sinto que eu preciso andar Eu sinto que eu preciso viver, eu sinto que eu preciso cantar Eu sinto que eu preciso falar, eu sinto que eu preciso dançar Eu sinto que eu preciso viver, eu sinto que eu preciso denunciar No país da pós-verdade chamam tudo de esquerdista, toda notícia é comprada, é mamata de artista Só a bolha é que está certa, whatsapp informa bem, ignorância voluntária, aleluia irmãos, amém No país da pós-verdade chamam tudo de esquerdista, toda notícia é comprada, é mamata de artista Só a bolha é que está certa, whatsapp informa bem, ignorância voluntária, aleluia irmãos, amém A história mostrará, a história mostrará, a história mostrará A nossa arte nunca será alienação A nossa arte é questionamento, real sentimento, é expressão Mesmo quando cantamos sobre amor, é sobre amor verdadeiro Não nos corrompemos em sua covardia, violência e dinheiro
5.
Letra: Se eu quiser me perguntar pra onde é que esse rio corre? Se eu já não quiser mais nadar, deixar que a correnteza me afogue Eu sei, você vai aparecer pra mim como num sonho bom Eu sei, você dirá que tudo vai passar, que bom Mas não quero que a vida passe sem você (Pra quê?) Quero passar domingos com você na sala de TV E seu quiser saber pra onde a estrada vai? Se a linha do caminho teu ainda vai topar com a linha do caminho do destino meu? Se eu quiser saber se o futuro ainda te distrai É que o que me distrai é o teu sorriso quando olha o meu sorriso quando olho os olhos teus Eu sei, você vai falar pra eu não ficar tão aflita, não Eu sei, você vai falar que é bom viver na solidão Mas não quero viver a vida sem você (Pra quê?) Quero viver domingos com você na sala de TV
6.
Letra: Tiraram o dinheiro daqui, o homem de terno levou Não trouxe de volta o que prometeu, prometeu mas nunca voltou E o povo continua aí, na luta sempre sim senhor Temer não faz parte da nossa rotina, nem deixar de ser sonhador Tiraram o dinheiro daqui, o homem de terno levou Não trouxe de volta o que prometeu, prometeu mas nunca voltou E o povo continua aí, na luta sempre sim senhor Temer não faz parte da nossa rotina, nem deixar de ser sonhador Bateram panela, usaram verde e amarelo, ai Foram para a rua, lá fizeram carnaval Chamaram de mortadela, ah, disseram que iam acabar Com a corrupção, mas tudo continua igual Tiraram o dinheiro daqui, o homem de terno levou Não trouxe de volta o que prometeu, prometeu mas nunca voltou E o povo continua aí, na luta sempre sim senhor Temer não faz parte da nossa rotina, nem deixar de ser sonhador Tem auxílio para o juiz, tem folga para o senador Boas verbas de gabinete pra agradar seu doutor E ainda tem ódio e opressão, falta respeito e compaixão Mas o amor sempre vence irmão, tenha dúvida não Tiraram o dinheiro daqui, o homem de terno levou Não trouxe de volta o que prometeu, prometeu mas nunca voltou E o povo continua aí, na luta sempre sim senhor Temer não faz parte da nossa rotina, nem deixar de ser sonhador Nesse samba eu peço que a gente nunca desista De lutar pela vida de todo, de todo o povo Nas fábricas, escolas, nos comércios, mundo inteiro Nesse samba ninguém nunca sentiu nem sentirá dor Nesse samba eu peço que a gente nunca se esqueça Da luta de quem fez o povo livre de novo Do samba, capoeira, dos quilombos e os terreiros Nesse samba ninguém nunca sentiu nem sentirá dor (não vai sentir) Nesse samba ninguém nunca sentiu nem sentirá dor (não vai sentir) Nesse samba ninguém nunca sentiu nem sentirá dor
7.
Letra: Veja a desigualdade por inteira e nunca se esqueça de enfrentar as traiçoeiras Mentiras que eles contam quando oprimem e fazem mal, nós somos resistência e não acharemos normal O ódio dos patriarcas enrustidos: “até gosto de trans, mas escondo dos meus amigos” Na internet é da família tradicional, mas longe da esposa só pensa em chupar um (ah) A tua hipocrisia mata, a tua hipocrisia mata, a tua hipocrisia mata, a tua hipocrisia mata A tua hipocrisia mata, a tua hipocrisia mata, a tua hipocrisia mata, a tua hipocrisia mata Mata o amor, mata famílias, mata a mulher trans, a sua mãe e suas filhas Mas não matará a história de quem faz acontecer e enfrenta a opressão de peito aberto pra valer A tua hipocrisia mata, a tua hipocrisia mata Mas não matará a história de quem faz acontecer, Maria, Joana, Tereza ou Maitê Seja a sua própria guerrilheira e nunca se esqueça de ajudar as companheiras Em meio à sociedade que oprime e que faz mal, nós somos liberdade e não acharemos legal A raiva dos patriarcas enrustidos: “eu pago de machão mas tenho desejos escondidos” Na internet é só os bons costumes e a moral, mas longe da esposa só pensa em chupar um (ah) A tua hipocrisia mata, a tua hipocrisia mata, a tua hipocrisia mata, a tua hipocrisia mata A tua hipocrisia mata, a tua hipocrisia mata, a tua hipocrisia mata, a tua hipocrisia mata Mata o amor, mata famílias, mata a mulher trans a sua mãe e suas filhas Mas não matará a história de quem faz acontecer e enfrenta a opressão de peito aberto pra valer A tua hipocrisia mata, a tua hipocrisia mata Mas não matará a história de quem faz acontecer, Lúcia, Josefa, Roseli ou Maitê A minha voz grave não me faz menos mulher, meu sapato 40 não me faz menos mulher Eu tenho os ombros largos e não sou menos mulher, eu tenho liberdade para ser quem eu quiser A minha voz grave não me faz menos mulher, meu sapato 40 não me faz menos mulher Eu tenho os ombros largos e não sou menos mulher, eu tenho liberdade para ser quem eu quiser Eu tenho liberdade para ser quem eu quiser, eu tenho liberdade para ser quem eu quiser Eu tenho liberdade para ser quem eu quiser, eu tenho liberdade para ser quem eu quiser Eu tenho liberdade para ser quem eu quiser, eu tenho liberdade para ser quem eu quiser Eu tenho liberdade para ser quem eu quiser, eu tenho liberdade para ser mulher
8.
Roda-Gira 04:00
Letra: Passa a bola, mão de cola, passa a bola, mão de cola Passa a bola, mão de cola, passa a bola, mão de cola (Vem Luquinhas) Tá namorando com o beck, tá namorando com o beck Tá namorando com o beck, tá namorando com o beck Tá namorando com o beck, tá namorando com o beck Corta essa laquera e passa logo esse beck Passa a bola, mão de cola, passa a bola, mão de cola Passa a bola, mão de cola, passa a bola, mão de cola Larga de historinha e faça essa roda girar Larga de historinha e faça essa roda girar Larga de historinha e faça essa roda girar Teu papo é mó caô e ninguém quer te escutar, então Passa a bola, mão de cola, passa a bola, mão de cola Passa a bola, mão de cola, passa a bola, mão de cola Passa a bola O fato é que diante dessa canção você certamente está querendo julgar Dizendo que a jovem não quer coisas sérias, só pensa em férias, só quer farrear Mas na real, ninguém é mais política que a jovem hoje nesse país Que enfrenta todo o preconceito, o fim dos direitos, mas segue feliz Feliz porque é resistência, pela sapiência que adquiriu E que quando vai pro seu rolê só quer esquecer a dor que sentiu Ao ver o seu futuro ameaçado por esses soldados e seu fuzil E essa gente covarde querendo acabar com a Mátria Brasil Ninguém vai acabar com o nosso rolê, ninguém vai acabar com o nosso rolê Ninguém vai acabar com o nosso rolê, ninguém vai acabar com o nosso rolê Ninguém vai acabar com o nosso rolê, ninguém vai acabar com o nosso rolê Ninguém vai acabar com o nosso rolê Passa a bola, mão de cola, passa a bola, mão de cola Passa a bola, mão de cola, passa a bola, mão de cola Ninguém vai acabar com o nosso rolê, ninguém vai acabar com o nosso rolê Ninguém vai acabar com o nosso rolê, ninguém vai acabar com o nosso rolê Ninguém vai acabar com o nosso pá pá pá pá pá pá pá Ninguém vai acabar com o nosso pá pá pá pá pá pá pá Ninguém vai acabar com o nosso pá pá pá pá pá pá pá Ninguém vai acabar com o nosso pá pá pá pá pá pá pá

about

Essa obra relacionada à banda Orquidália é fruto de produções independentes que se concretizam graças ao apoio de muitas pessoas. Agradecemos imensamente a todes que nos ajudam da forma que podem para que continuemos espalhando a palavra da resistência, do amor, da união e da coletividade.

credits

released October 8, 2020

Ficha técnica:
Arranjos: Orquidália
Produzido por Orquidália e Guilherme Natel
Gravação: Guilherme Natel
Mixagem e Masterização: Flavius Raymundo

Maitê Fontalva - guitarra e voz
Lucas Fontalva - baixo e voz
Ana Medeiros - teclas, percussões e voz
Simón Aftalión - bateria e voz
Olga Laforet - guitarra, voz e percussões

Foto da capa: Hlynur Torfason
Pézinhos: Maria Beatriz de Andrade
Diagramação da capa: Ana Medeiros e Maitê Fontalva

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Orquidália SC, Brazil

Ocupar a cidade e neotropicalizar as avenidas: com uma sonoridade que aposta no ecletismo de influências, o quarteto floripenho mistura ritmos da música brasileira e latina com o rock, pop e jazz, criando um caldeirão sonoro para falar do que incomoda mas também para cantar sobre o que faz bem. Orquidália é força para (r)existir e alegria para celebrar. ... more

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