1. |
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Sol Na Pele/Tanta Roupa
Maitê Fontalva e Ana Medeiros
Quero sentir o calor do sol na pele
Quero me afastar de todas certezas
Só quero que meu bem, meu bem me leve
Queimamos o baralho com lenha de mesa
Quero sentir o calor do sol na pele
Quero me afastar de todas certezas
Só quero que meu bem, meu bem me leve
Me leve leve solta, boca a boca beija
Eu quero sair, eu quero ver o meu amor
Sou só alegria, não tenho mais tempo pra dor
Eu quero subir, quero beijar o meu amor
Sou só ousadia, não tenho mais tempo pra dor (ih!)
Quero sentir o calor do sol na pele
Quero me afastar de todas certezas
Só quero que meu bem, meu bem me leve
Queimamos o baralho com lenha de mesa
Quero sentir o calor do sol na pele
Quero me afastar de todas certezas
Só quero que meu bem, meu bem me leve
Me leve leve solta, boca a boca beija
Eu quero sair, eu quero ver o meu amor
Sou só alegria, não tenho mais tempo pra dor
Eu quero subir, quero beijar o meu amor
Eu quero ver você também, o boca a boca vai além
A gente adora esse calor
Quero beijar você também, o boca a boca vai além
A gente esmaga o caô
Tem tanta roupa, ô lê lê
Tem tanta roupa, ô lá lá
Tem tanta roupa, ô lê lê ô lê lê ô lá
Tem tanta roupa no lugar (hey!)
Tem tanta roupa, ô lê lê (tanta roupa)
Tem tanta roupa, ô lá lá (ô lá lá, ô lá lá, ô lá lá)
Tem tanta roupa, ô lê lê ô lê lê ô lá
Aonde é que eu vou sentar?
Aonde é que eu vou sentar?
Aonde é que eu vou sentar?
Aonde é que eu vou sentar?
Aonde é que eu vou sentar
Sem ninguém pra me incomodar
Só quero encontrar meu bem, o boca a boca eu faço bem
Só quero alguém pra eu sentar
Aonde é que eu vou sentar
Sem ninguém pra me incomodar
Só quero encontrar meu bem, o boca a boca eu faço bem
Só quero alguém pra eu sentar
Hay tanta ropa, ô lê lê
Hay tanta ropa, ô lá lá
Hay tanta ropa, ô lê lê, ô lê lê ô lá
Hay tanta ropa en el lugar (rá!)
Hay tanta ropa, ô lê lê (tanta roupa)
Hay tanta ropa, ô lá lá (ô lá lá, ô lá lá, ô lá lá)
Hay tanta ropa, ô lê lê, ô lê lê ô lá
Aonde é que eu vou sentar?
Aonde é que eu vou sentar? (Tanta roupa)
Aonde é que eu vou sentar? (Tanta roupa)
Aonde é que eu vou sentar? (Tira a roupa)
Aonde é que eu vou sentar? (Tira a roupa)
Aonde é que eu vou sentar? (Sua roupa)
Aonde é que eu vou sentar? (Tanta roupa)
Aonde é que eu vou sentar?
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2. |
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Amanhã
Maitê Fontalva
Hoje ninguém sai de casa
Mas amanhã dançaremos na rua
Hoje castraram as asas
Mas amanhã voaremos pra lua
O nosso sangue é vermelho
Vermelho da cor do amor
Da luta, da força, da garra do povo
Hoje nós quebramos o espelho
Não precisamos dele pra ver
Que a vida vai ser colorida de novo
Hoje ninguém sai de casa
Mas amanhã dançaremos na rua
Hoje castraram as asas
Mas amanhã voaremos pra lua
Hoje olho pros lados e vejo
Tanto ódio, avareza e rancor
É a velha estrutura montada pra oprimir o povo
Mas levanto a cabeça e luto
E combato a maldade com amor
E o céu não vai mais ser laranja de novo
Hoje ninguém sai de casa
Mas amanhã dançaremos na rua
Hoje castraram as asas
Mas amanhã voaremos pra lua
E amanhã dançaremos na rua
E amanhã voaremos pra lua
E amanhã
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3. |
Cristalina
03:32
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Cristalina
Maitê Fontalva
Em meio ao concreto são vendidas ilusões
Carros importados, grandes telas e mansões
Mas sabe-se que o céu é o contato com a natureza
E não as mentiras contadas dentro das igrejas
Tentam nos colocar à força em normas e padrões
Mas nós somos perfeitas, perfeitas em nossas imperfeições
Tentam nos dizer o que é certo e o que é errado
Mas eles mesmos inventaram todos os pecados
Cristalina era aquele riacho que corria pelo centro dessa casa
Eu menina era criança faceira que vivia pelo centro de minh’alma
Carolina era cidade vizinha aonde íamos sempre pegar a balsa
Me fascina tanto como é que voamos sem ter asas
Em meio ao concreto grandes telas e mansões
Carros importados disfarçando frustrações
Mas sabe-se que o céu é um conceito metafísico
E não espere sempre que eu vá rimar
(Um, dois, três, quatro!)
Cristalina era aquele riacho que corria pelo centro dessa casa
Eu menina era criança faceira que vivia pelo centro de minh’alma
Carolina era cidade vizinha aonde íamos sempre pegar a balsa
Me fascina tanto como é que voamos sem ter asas
Se olhar de perto, não tem nada pra olhar
Pode ser de certo que esse ano vai passar
Passo pela vida, quase nunca estou nela
Corra agora ver o mundo da janela
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4. |
Zabelinha feat. Lumanzin
02:53
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Zabelinha
Nalu Medeiros
Tem que saber ser de momento
Aceitar que não é sempre
Não é todo dia que o dia vai amanhecer
Me encontro com o centro de tudo
Na textura da onda do som
Que o vento me trouxe hoje
E tem o mel
Eu só queria um pouco mais de mel
Eu quero ver o sol da montanha da tua boca
Tem que saber ser de momento,
Aceitar que não é sempre
Não é todo dia que o dia vai amanhecer
Me encontro com o centro de tudo
Na textura da onda do som
Que o vento me trouxe hoje
E tem o mel
Eu só queria um pouco mais de mel
Eu quero ver o sol da montanha da tua boca
E tem o mel e o calor do sol
Eu quero ver um pouco mais de céu
Quero poder voar na poesia da tua boca
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5. |
Samba da Baia
01:43
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Samba da Baia
Lucas Fontalva
Mamãe, por que você diz que eu não posso ir lá?
Brincar com os meus amigos de futebol
Mamãe, eu não gosto dessa vida de ficar
Preso sem ter o que fazer
Mas chega o sabadão, só curtição
Música, dança, gandaia, só comemoração
Mas chega o sabadão, só curtição
Nada pra se preocupar até faltar o pão
Mamãe, por que você diz que eu não posso ir lá?
Eu juro que eu lembro que eu não fiz nada de errado
Mamãe, eu não gosto dessa vida de ficar
Preso até o amanhecer
Mas chega o sabadão, só curtição
Música, dança, gandaia, só comemoração
Mas chega o sabadão, só curtição
Nada pra se preocupar até faltar o pão
Nada pra se preocupar até faltar o pão
Nada pra se preocupar até o final do pão
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6. |
Banzeiro
03:25
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Banzeiro
Maitê Fontalva
Na beira da água eu vejo mãezinha cantar
No mato fumaça, fogueira pra iluminar
Barracas montadas, viola e conversa ribeira
Silêncio, histórias, canções, uma noite inteira
Tem correnteza e remanso pra quem quer brincar
Tem redes para o descanso de quem quer repousar
Pedrinhas no leito do rio que é pra gente jogar
Batida de pernas da criança aprendendo a nadar
E tem amor, tem calmaria
As vivências de hoje serão as lembranças do próximo dia
E tem calor, tem água fria
Essa tarde é eterna enquanto houver alegria
Por onde for, leve harmonia
O barulho da mata traz a paz que nos contagia
Barco passou, a mensagem dizia
A vida é infância pra quem não desiste de sonhar
O sonho é esperança pra quem tem coração de criança
Coração é casinha de madeira pra abrigar
As pessoas de bem que aparecem pra nos acompanhar
Na beira da água eu vejo mãezinha iluminar
No mato fumaça, fogueira pra gente cantar
Barracas montadas, viola, uma noite inteira
Silêncio, histórias, canções e conversa ribeira
Tem correnteza e remanso pra quem quer repousar
Tem redes para o descanso de quem quer brincar
Pedrinhas no leito do rio aprendendo a nadar
Batida de pernas da criança querendo jogar
E tem amor, tem água fria
As vivências de hoje vão durar enquanto houver alegria
E tem calor, tem harmonia
Essa tarde é eterna como a paz que nos contagia
Por onde for, leve calmaria
O barulho da mata serão as lembranças do próximo dia
Barco passou, a mensagem dizia
A vida é infância pra quem não desiste de sonhar
O sonho é esperança pra quem tem coração de criança
Coração é casinha de madeira pra abrigar
As pessoas de bem que aparecem pra nos acompanhar
Para parapa parapa para para
Para parapa parapa para pa – baram baram baram baram baram
Para parapa parapa para para
Para parapa parapa para pa
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7. |
Ser Só
03:34
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Ser Só
Ana Medeiros e Maitê Fontalva
Eu digo muito mas o tudo é pouco
E o vento me enlaça, me abraça, me faz respirar
Se eu aceito os nós a vida me sorri
Se eu aceito os nós a vida me sorri
E a mão que abraça tudo
Agora sabe que não há
Mão que gire o mundo
Eu sou um ser só
E a mão que abraça tudo
Agora sabe que não há
Mão que gire o mundo
Eu sou um ser só
Eu sou um ser só
Eu digo muito mas o tudo é pouco
E o vento me enlaça, me abraça, me faz respirar
Se eu aceito os nós a vida me sorri
Se eu aceito os nós a vida me sorri
E a mão que abraça tudo
Agora sabe que não há
Mão que gire o mundo
Eu sou um ser
E a mão que abraça tudo
Agora sabe que não há
Mão que gire o mundo
Eu sou um ser só
Eu sou um ser só
Eu sou um ser, sou um ser só
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8. |
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Panfletária
Maitê Fontalva
Cai uma árvore, corta a educação
Ninguém se aposenta, inocentes na prisão
Cai, cai uma árvore, corta a educação
Ninguém se aposenta
Podem me chamar de panfletária
Podem me dizer que tudo isso é ilusão
Mas creio em toda força proletária
Que acorda às quatro horas pra catar seus três busão
Nem dou moral pra essa gente otária
Que humilha e se acha dona da situação
Sou trans-artista-revolucionária
Sou tudo o que me cabe e sabem que eu digo não
Digo não à hipocrisia, digo não à opressão
Contra todas minorias, nossas irmãs e irmãos
Digo não à tirania desses falsos brasileiros
Que dedicam noite e dia à venda do país inteiro
Cai uma árvore, corta a educação
Ninguém se aposenta, inocentes na prisão
Cai, cai uma árvore, corta a educação
Ninguém se aposenta
Podem me chamar de panfletária
Podem argumentar e invalidar essa canção
E exploram sempre a força proletária
Com novos artifícios e a mesma ilusão
Com ternos e dinheiro os canalhas
Repetem para nós que a vida é competição
Verás que tua filha não é otária
E a resistência é forte contra tua repressão
Eu não quero lidar com aquela gente porca
Eu não quero viver uma vida pouca
Essa apatia, essa rotina morta
Tá me acabando, me deixando louca
Cai uma árvore, corta a educação
Ninguém se aposenta, inocentes na prisão
Cai, cai uma árvore, corta a educação
Ninguém se aposenta, inocentes na prisão
Cai, cai uma árvore, corta a educação
Ninguém se aposenta, inocentes na prisão
Cai, cai uma árvore, corta a educação
Ninguém se aposenta
Diante desse caos que se instala
Precisamos entender o que há por trás das balas
Precisamos perceber que a coletividade
É a única maneira de ter de volta a cidade
Fortaleceremos a união entre as irmãs
Vamos construir um dia melhor pra amanhã
E essa construção deve se iniciar agora
Boca a boca espalharemos a palavra da vitória
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9. |
Pé Dentro / Pé Fora
01:36
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10. |
Distração
03:23
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Distração
Maitê Fontalva
Não adianta nem tentar me convencer
De que você está certo e que eu não sei de nada
Se veste rosa ou azul, não tem a menor importância
É que a gente dá atenção pra coisa errada
E a gente vai apanhando, se perdendo, nunca se aposentando
Mendigando um aumento, se morrendo e se matando
E o capitão só se preocupa em colocar na rua um monte, um monte de arma
E a gente vai apanhando, se perdendo, nunca se aposentando
Mendigando um aumento, se morrendo e se matando
As florestas se acabando em chamas e o capitão não fala nada
Não fala nada não, não fala nada não
E quando fala é só besteira, só encenação
Não fala nada não, não fala nada não
Quando abre a boca só sai mierda, pura distração
Não fala nada não, não fala nada não
E quando fala é só besteira, só encenação
Não fala nada não, não fala nada não
E as ovelhinhas batem continência em nome da nação
Todos os dias as notícias noticiam uma nova pérola
Falam qualquer coisa, abrem a cerveja e gritam ‘gol!’ (Vai Corinthians!)
Enquanto isso é direito a menos, é imposto a mais
É muito absurdo e muita gente achando isso acontecendo normal
E a gente vai apanhando, se perdendo, nunca se aposentando
Mendigando um aumento, se morrendo e se matando
E o capitão só se preocupa em colocar cloroquina pra massa
E a gente vai apanhando, se perdendo, nunca se aposentando
Mendigando um aumento, se morrendo e se matando
Retrocesso e ignorância acima de tolos, o capitão é igual a nada
Não fala nada não, não fala nada não
E quando fala é só besteira, só encenação
Não fala nada não, não fala nada não
Quando abre a boca só sai mierda, pura distração
Não fala nada não, não fala nada não
E quando fala é só besteira, só encenação
Não fala nada não, não fala nada não
Cadê o verde e amarelo anticorrupção? (Cadê?)
Só na próxima eleição
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Orquidália SC, Brazil
Ocupar a cidade e neotropicalizar as avenidas: com uma sonoridade que aposta no ecletismo de influências, o quarteto floripenho mistura ritmos da música brasileira e latina com o rock, pop e jazz, criando um caldeirão sonoro para falar do que incomoda mas também para cantar sobre o que faz bem. Orquidália é força para (r)existir e alegria para celebrar. ... more
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